terça-feira, 21 de junho de 2022

O diário de Jetstream Sam. Prólogo.

 O DIÁRIO DE JETSTREAM.

 CAPÍTULO 1: ORIGEM DA JORNADA.



   Olá, meu nome é Samuel Rodrigues, mas me chamem de Sam. Recentemente estou a ponto de embarcar em uma nova jornada em minha vida na qual pretendo registrar, entretanto para que quem quer que leia isso não se sinta perdido, entregarei o contexto de minha "aventura". 

   Quando bebê, sofri um acidente e as complicações diversas ao tirar eu e minha família das ferragens me custou um braço. Passei minha vida quase toda apenas com o braço esquerdo e particularmente não sentia muita falta do direito até pouco tempo atrás, enfim. Nesse mesmo período eu acabei me isolando do contato de outras crianças pois a grande maioria não é legal com quem é diferente, não me entenda mal, eu não era um garotinho indefeso, era apenas... desconfortável, então eu foquei em mim mesmo. Aos 6 anos descobri minhas duas grandes paixões, robôs e espadas, e me dei muito bem com eles, modificando todo tipo de coisa (e destruindo muitas outras), meu primeiro projeto de sucesso foi uma espada de madeira feita com um pedaço de uma árvore morta da minha vizinhança, eu achava o máximo. 

    Aos 7 eu conheci um velho da minha rua que para minha surpresa era um espadachim, eu pedi que ele me treinasse e ele... Ele negou, mas eu não me dei por vencido, fui até o templo no topo da colina e assisti por meses seu treinamento, e o recriava da minha própria maneira.  No fim viramos bons amigos, e ele acabou sim me ensinando algumas coisas, me adotando como seu único aluno. Seu nome era Louis, ele era o ultimo usuário de um estilo de combate milenar chamado  Ōku no sutairu, e me prometeu passar a técnica adiante quando tivesse idade.

O tempo passou e aos 23 me formei como engenheiro mecatrônico e industrial. Infelizmente o velho Louis morreu um ano antes, não podendo acompanhar junto a mim e meus parentes a minha formatura, muito menos me passar para frente o estilo de combate. A mim ele deixou apenas o templo vazio e uma espada que foi batizada de Tramontina, (um espirito do metal dos antigos ritos do estilo. Ao ganhar uma espada, os praticantes devem batizar a mesma com o nome de um espírito ancestral). Passei um ano trabalhando como engenheiro, até que um dia fazendo uma limpeza no templo, achei uma madeira solta perto da estátua do fundador, removendo a mesma encontrei algo inesperado, um livro feito de forma manuscrita contando todas as técnicas do estilo, o mestre provavelmente deixou ali para mim, escondido das demais pessoas para caso ele não pudesse me ensinar pessoalmente, infelizmente eu achei o manuscrito tarde demais, com grande parte das técnicas tendo se perdido pelo mofo e desgaste do papel. Uma sensação amarga de culpa tomou meu peito aquele dia, uma culpa que nunca tinha sentido antes. Tive que parar por ali e comprar algo para comer. Duas horas depois, enquanto refletia a situação no jardim do templo, percebi como estava sendo idiota.

Percebi naquele momento que em todo o momento, Louis acreditou no meu sonho e seguiu ele comigo até o fim de sua vida, em seus dias finais ele provavelmente deve ter se esforçado para detalhar esse livro pra mim. Eu não podia deixar o medo me afastar do sonho, foi naquele momento que eu decidi que meu sonho era muito mais que me tornar um espadachim, eu ia decifrar aquele manuscrito e trazer o estilo de volta a vida.

Aprendi tudo que restou do manuscrito de Louis e parti para preencher as lacunas com minhas próprias "técnicas", o estilo Ōku no sutairu sempre se tratou de se reinventar em combate, portanto o acoplei a tecnologia moderna, bainhas cinéticas, lâminas de alta frequência e combinações de combate com membros protéticos, nada de muito novo no universo de combates atual. Os ritos dos povos originários que criaram o estilo exigem que para o posto de sensei, o candidato derrote o atual sensei ou um oponente a altura, oponente esse que Louis havia uma vez classificado como Elliel Aparecido (meio vago, mas acredito ter descoberto quem seja.) Depois de alguns meses pedi demissão e passei um ano em viagem para me tornar um espadachim experiente, passei por alguns apuros e momentos divertidos, entretanto viajar pelos países do continente custa caro, e estou, pobre e sem recursos no momento.

Andando pelas ruas de uma cidadezinha em Nova Gália, eu avistei uma padaria, parei para descansar lá quando eu vi um homem armado conversando sobre sua missão da guilda, uma lâmpada ascendeu na minha cabeça, eu já havia me aventurado com pessoas de guilda e sempre falaram que o local pagava relativamente bem para funcionários competentes. Agora estou aqui, me aventurando com um grupo de pessoas estranhas e excessivamente... exóticas.

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