sábado, 19 de outubro de 2024

O peido que engoliu Detroit 2

 Capitulo 2: O macaco assassino mutante dos esgotos

Os três pulam em poças de esgoto com o bebê, reconfortados por saber que o peido ainda não havia se alastrado pelos esgotos de Detroit. O cheiro era quase insuportável, mas não sufocante igual ao da superfície, assim sendo se moveram com base no gps ainda funcional do telefone satélite. O som de pessoas pelos túneis ecoava, tentando não fazer barulho eles evitam os mesmos com passos leves e furtivos, pois grande parte dos mesmos são acompanhados por gritos e urros inomináveis. 

- Então, Holowitz... – Diz Cam com uma voz acusadora. – Se vai participar da nossa equipe... vai ter que nos dizer o que exatamente você sabe... Como assim o acelerador já foi usado? E o que é isso de partícula qzar ou sei lá, Qwr.

- Partícula Qwr... O inicio de todo esse pesadelo. – Diz o Doutor acalmando o bebê. – Bom, acho que é justo vocês saberem.  A história começa em 2009... 

25 de fevereiro de 2009. Estava em uma viagem de carro para visitar a antiga casa de minha mãe, lá enquanto eu ajudava a mesma que já é de idade a arrumar a casa, eu encontrei um trabalho de meu pai que Deus o tenha... Enfim, seu trabalho era sobre a criação de um elemento novo na tabela periódica, o primeiro metal superpesado estável. Apesar de não ter feito nada de grandioso em sua vida acadêmica, o trabalho era formidável, mesmo arrumando os erros de cálculo o elemento continuava a se manter na formação. Passei anos refinando o trabalho de meu pai até ter certeza que funcionária. Em 2015 publiquei minha tese e em 2016 consegui auxilio da CERN para trabalhar no elemento com o grande Colisor de Hádrons, o maior acelerador de partículas do mundo antes... antes do meu claro. Enfim, realizei vários e vários experimentos, não consegui alcançar o supermetal mas o que consegui foi ainda mais espetacular... registramos uma partícula totalmente incompatível com as leis da física quântica e da clássica, a partícula Qwr, a primeira matéria exótica do mundo e talvez de nosso universo. Antes que eu pudesse publicar a notícia para a comunidade cientifica, fui abordado por agentes da CIA que me levaram até uma base militar junto a minha equipe de pesquisa, cuja a localização eu não conheço. Lá o governo americano propôs total confidencialidade do projeto, em troca de um investimento absurdo em qualquer projeto que me dispusesse a fazer, em troca de claro... Armas. O meu dever como cientista seria obviamente negar, mas o dinheiro poderia avançar o progresso cientifico em décadas, sem pensar muito eu e toda minha equipe concordamos com o governo. No ano seguinte estávamos trabalhando com a Nasa em um projeto de foguete, centenas de cientistas dedicados inteiramente ao buraco de minhoca, a tecnologia que tiraria a humanidade do sistema solar para os muitos mundos do universo... E deu certo, mandamos uma nave daqui para júpiter em segundos, no entanto enquanto se movia, notamos que o buraco de minhoca rapidamente se conectava a outro mundo, e tinha algo que veio deste lugar, algo vivo.  Realizamos uns testes com os microrganismos e descobrimos algo promissor, o MAKon-3 como foi batizado, era uma criatura simbiótica como jamais vista, não só era extremamente adaptativa como adaptava seu hospedeiro a sobreviver basicamente sob qualquer condição adversa, o MAKon-3 havia criado a fórmula para o supersoldado, e isso foi o que nos rendeu o grande acelerador de Detroit. 

- Deixa eu adivinhar, ligaram essa coisa pra conseguir mais destes microrganismos e trouxeram a bundona gigante? – Perguntou Balofoide.

- Basicamente, quando trouxemos a coisa com mais concentração de MAKon-3 eu não sabia que essa coisa seria uma bunda gigante habitada por milhares de... eu nem sei o que era aquilo. 

-Então, se a bunda tá cheia dessa bactéria, como vamos destruir ela? 

- Não vamos. – Disse Holowitz, a bactéria vai conseguir regenerar qualquer ataque direcionado contra ela, e ficar mais resistente. Nossa melhor chance no acelerador de partículas é usar a partícula Qwr pra mandá-la de volta. 

Os sons inomináveis se espalham e ficam mais fortes, se aproximando e aproximando. Os três passam a correr enquanto Holowitz acalma o bebê.  Corredores vão e vem quando repentinamente o barulho cessa. Os três resolvem manter a calma, ainda que com cautela, prosseguindo por mais alguns minutos a fio. Sons de bolhas se formam, do lodo raso dos esgotos surge uma imensa forma negra de 2 metros, lançando Cam contra a parede em somente um golpe. 

- MAS O QUE... O MOLEQUE... – Holowitz abraça o bebê, que começa a chorar. 

A figura negra é um gorila de 3 metros, grande o bastante para ficar apertado nos túneis de esgoto, incapaz de lutar em seu esplendor máximo. Seus olhos eram brancos e não continham vida, sua carne semi exposta, apodrecia e regenerava em ritmo constante, de forma que o mesmo sempre estava a vazar carne liquefeita de seus orifícios. Em sua cabeça dezenas de minhocas esquisitas, cores azul-escuro.  O macaco se prepara para desferir um segundo golpe, mas é atrasado pelo seu enorme tamanho, assim dando tempo de Holowitz e balofoide fugirem do ataque, levantando Cam e fugindo do macaco, que prepara sua investida contra suas presas.

- MACACO ZUMBI, MACACO ZUMBI! – Gritava Vinícius desesperado.

Conforme eles corriam, o choro do bebê guiava o macaco entre as vielas, eventualmente o vigor dos pobres condenados diminuíam, enquanto o macaco permanecia constante, alcançando-os. Cam encontra uma barra de ferro, provavelmente de um pilar velho, meio enferrujada porém pontuda o bastante para atacar o macaco.

- PRECISAMOS SEGURAR ELE! NÃO PARA DE CORRER DOUTOR, NÃO PARA. – Cam interrompe sua corrida, seguido de balofoide, os dois observam a silhueta do macaco rapidamente tomando forma. 

Balofoide distrai o macaco, se esquivando e alguns golpes, no entanto repentinamente o tamanho do macaco se reajusta, com o tamanho de suas larvas ficando significativamente menores, assim sendo um murro é acertado em balofoide. Prestes a ser pisoteado pelo símio, Vinicius é salvo por Cam, que enfia o pedaço de ferro no coração da fera e, graças a carne podre, remove o mesmo de seu corpo. Os óculos de Chavito estão cada vez mais danificados, sendo que graças ao murro do caco, a integridade das lentes servia de muito pouco para enxergar, ainda sim era melhor do que estar sem. 

- Desculpa a demora, o bicho podia ter arrebentado você todo...mas eu precisava ter certeza. 

- Tranquilo eu acho... o negócio é só esse óculos. – Enquanto tentava forçar a vista para ver um pouco melhor, silhuetas tremulavam ao fundo, logo tomando novamente a forma de um macaco.  – MACACO DO BIOMBO! 

- que? – o Jovem vietnamita é acertado por um soco repentinamente. Perdendo a consciência e possivelmente, ossos.

Balofoide, encostado na parede, a apalpa buscando apoio para sua fuga, no entanto o macaco é impiedoso, puxando sua perna e o arrastando pelas águas sujas do esgoto. Quando se deu por satisfeito, o macaco pegou seu pescoço e passou a apertar, não sendo o suficiente, o lançou contra a agua, o afogando até que perdesse totalmente o folego. A visão de balofoide escurece, e ele perde todos os sentidos.....

- Que pesadelo horrível não é mesmo? – Uma voz acolhedora e reconfortante o guia de volta a si. 

Enxergando perfeitamente, balofoide se vê em uma sala de tons azuis, cobertas de livros e estantes até onde a visão alcança. A sua frente uma grande mesa com um saco de balinhas, e uma bela e jovem mulher vestindo Branco. 

- Eu morri pro macaco? 

- Não, mas vai morrer logo... coitadinho, deixado no meio disso tudo sem um guia das umbras, sozinho contra o inominável. Escondidos das brumas pelo horror de um ser desconhecido... 

-Quem é você? – Balofoide se vê também sem feridas e limpo, com os óculos de seu rosto reparados. 

- Eu sou Mary Wollstonecraft, uma energia terrível impede que Platão e a velvet-room convencional se conecte ao nosso mundo. Entretanto como uma serva das brumas, farei o papel de guia em sua jornada. 

 A mulher se levanta da cadeira onde está, e caminha até balofoide carregando um desenho. O desenho assinado com o nome Kim, retrata um homem chines de barba longa, cabelos e unhas compridos, além de uma face nefasta. Em sua legenda estava ecrito: Zalgo o imperador. Após isso, uma marca aparece em sua mão direita, brilhando em tons azuis muito fracos, como se lutasse para não se apagar. 

- Perdoe-nos, fácil... é a missão de vários, mas não será seu caso, pra você infelizmente vai ser difícil. Tema o homem que está nessa imagem, pois ele não se compara a nada que seu mundo enfrentou previamente. Zalgo o imperador, irmão de Tao-Lin, sacrificará vocês em poucas horas... Tome o poder de Tao Lin e retorne Zalgo a sua prisão... 

Uma luz amarela e muito forte cega a vista de Vinícius, quando ele passa a enxergar novamente, ainda está com suas vestes e óculos reparados e feridas curadas, mas está frente a fera símia, que de algum modo se transformou em pedra... Renovado, balofoide coloca Cam e suas costas, e parte pelo caminho tomado por Holowitz. 

O peido que engoliu Detroit 1

 Capítulo 1: O peido que engoliu Detroit


22 de março de 2022, um dia comum em Brasília, exceto pelo fato de que alguém não esperado estava saindo do país. 

Vinicius Chavito, vencedor de um concurso de ano novo em sua faculdade, se preparava para ir a uma convenção em Michigan no sul de Detroit, sentado pacientemente aguardando seu voo, outro garoto se senta com ele, também com as malas prontas pra uma longa viagem. 

-Você é o outro garoto do concurso né? Eu sou Cam Rahn, eu ganhei o segundo lugar com você. 

-Eu sou o Vinicius. 

Cam era um asiático, ao que tudo indica um vietnamita, ainda mais pelo jeito de falar. 

Enquanto isso em Detroit:  

Um grupo de cientistas monitorando o espaço seguem um trabalho árduo e focado, enquanto o chefe de operações anda pela sala preocupado. 

-Senhor, a coisa no espaço se moveu de novo, tá chegando mais perto e acelerando. – disse um cientista. 

-E as medidas de defesa? 

-Todas falharam, o.... como posso dizer, a bunda gigante... segue avançado e vai entrar em órbita rápido. Temos que evacuar a cidade, trocadilhos a parte. – O cientista rebate. 

-Não! Amanhã é a estreia do novo acelerador de partículas, o estado gastou bilhões no projeto Detroit, não podemos adiar de forma alguma. 

-Como quiser senhor...

Voltando: 

Vinicius e Rahn entram no avião, balofoide via uma incrível oportunidade de ver pessoalmente o projeto Detroit, que ia provar definitivamente a teoria das cordas, enquanto isso Rahn estava empolgado apenas por ser sua primeira viagem de avião da vida.

As instruções de sobrevivência são dadas pela aeromoça e todos seguem viagem por longas 14 horas, nesse meio tempo Rahn e Chavito viraram bons amigos, os dois contaram suas histórias de vida e seus gostos comuns em videogames e computadores. 

- Então você se mudou do Vietnã de barco com sua família pra argentina e agora vocês vendem peixe no Brasil? -Perguntou balofoide

-Sim, a sorte virou pro nosso lado, meu pai é o maior pescador do litoral do nordeste, daqui uns anos a gente vai ter dinheiro suficiente pra trazer minha vozinha pro Brasil também. 

-que loko

O sono vem e todos no avião dormem. O clima frio e o silêncio mantiveram chavito dormindo o resto de toda viagem, sendo acordado por Cam para ajudar a levar suas malas. Vinicius desce as escadas do avião e vai até o saguão principal do aeroporto, lá uma mulher loira de terno segurava uma placa com seu nome e o de Cam, ele caminha até a mulher e mostra sua identificação que a faculdade havia entregado a ele, após verificar as credenciais, a mulher olha pra ele com um tom menos intimidador. 

-Você fala inglês ou preciso falar sua língua? 

-Não precisa eu falo inglês, só não sei quanto ao Cam. 

Cam chega aos tropeços, esbarrando em diversas pessoas. O aeroporto estava mais lotado que o comum graças ao evento do ano, mas isso não parecia um grande problema para ninguém ali, e também não seria para eles.

A mulher os leva para um carro onde um motorista aguarda os três, ela senta no banco da frente e dá sinal para o motorista esperar os dois colocarem a mala no carro, feito isso eles dão partida pelas movimentadas ruas de Detroit. 

-Espero que a viagem não tenha sido muito cansativa, a faculdade de vocês pegou um voo bem ruim pra vocês conseguirem descansar. Vamos deixar vocês no hotel e buscar as 23:00 para a abertura do evento, estejam prontos na porta nesse horário ou vamos embora sem vocês. Alguma pergunta? 

-Eu tenho. – Disse Cam no banco de trás. – Por que a lua aqui em Detroit é um popozão gigante? 

Todos arregalam os olhos com o comentário de Rahn, o motorista começa a repreender o garoto, mas é interrompido por balofoide que olhava a janela. 

- Não, não, ele tem razão... Tem mesmo um bumbum bem longe no céu...

O motorista olha para o céu e fica embasbacado com o que vê, parando subitamente o carro perto da calçada e saindo para ver melhor, muitos na rua fazem o mesmo, saindo de seus carros ou casas para olhar a gigantesca bunda no céu. Uma senhorinha liga o celular numa caixa de som bem alta e todos se calam pra prestar atenção no noticiário. 

-Hoje as 10 da manhã um fenômeno anormal aconteceu no estado de Michigan, ao que tudo indica uma... bunda gigante apareceu no céu e parece estar em movimento... O governo Americano garante que o objeto está sob controle e não há motivo para preocupações. O astrofísico Brasileiro Jacinto Pinto Aquinorrego calculou a rota de colisão da bunda e afirma que se nada for feito, a bunda atingirá o sul de Detroit em questão de 29 horas. – Diz o jornalista American Willian Bonner. 

- Sabe, quando eu vim pra Detroit eu esperava que um popozão me esmagasse, mas não nesse sentido. – Disse Cam.

- Ah não cara.... Mas tá e agora a gente ainda vai ficar por aqui? 

A moça responde a eles que irão para o hotel normalmente, uma vez que as notícias afirmavam que o objeto estava sob controle, diferente deles o restante da comunidade que olhava a bunda não manteve a calma, iniciando um estado de caos e desordem pelo local. “vai todo mundo morrer” era uma frase comum ouvida a cada duas ruas. Chegando ao hotel, Vinicius finalmente sente seus músculos cansados relaxarem de uma viagem exaustiva, deixa suas malas no canto da cama e deita um pouco, Cam fica usando o celular enquanto isso. As 19:00 Vinicius acorda, Cam segue no telefone, jogando um jogo de psp.

- Tão dizendo que La bunda é culpa do Doutor Holowitz, e que pode piorar hoje no acelerador de partículas.

- E... sei não, o Gamm e o Davi disse que esse acelerador de partículas nunca foi mechido.

-É? Eu duvido. 

Balofoide se levanta, põe novamente seu sobretudo e óculos e vai escovar os dentes. Ele vai então para a sacada e fica observando a la bunda que de fato, estava mais perto do que quando estava de manhã, ligando o celular e mandando mensagem para sua família e amigos ele nota uma noticia interessante, todas as tentativas de ataque a grande bunda no céu até o momento haviam falhado, o sul de Detroit estava evacuando, mas a desordem impediu a eficácia do processo. 

Saindo da varanda balofoide escuta um som estrondoso de estourar os tímpanos, um peido águado tão alto que poderia até mesmo despertar Ctchullu de seu sono milenar, o impacto ultrassônico quebrou os vidros do prédio, explodiram a tv e trincaram o lado esquerdo dos óculos de balofoide. O alarme de incêndio dispara, Cam vai ajudar balofoide a sair dos muitos estilhaços de vidro que o atingiu de todos os lados do quarto. Felizmente sem ferimentos graves Vinicius se levanta, caminha até a janela com Cam e percebe que a grande bunda no céu foi ocultada por uma grande e esverdeada massa de gás, que descia rapidamente rumo a Detroit. As ruas estavam praticamente destruídas, prédios inteiros completamente sem vidro, assim como carros e lojas, os estilhaços foram tanto que era possível ver olhando para baixo, uma quantidade enorme de feridos, incêndios também ocorriam pelos incontáveis eletrodomésticos que simplesmente explodiram.  

-Santos Deus... -diz Cam olhando para o céu. – Aquela bunda vai matar a gente sem nem pisar no chão...

Os dois olham a cena por uns bons minutos quando de repente gritos e passos aumentam nos corredores do hotel, um diarista abre a porta do quarto com um rosto preocupado. 

- Alguém se feriu? Estamos levando os feridos pro pronto socorro, a maioria das ambulâncias tá inutilizada segundo a telefonista! 

Não precisamos de ajuda, obrigado. – Diz Balofoide. 

- Certo, mas não podem ficar mais aqui em cima, não é seguro. – E o diarista desce as escadas.

Vinicius e Cam vão para os corredores junto a um grupo cheio de pessoas que estão saindo de seus quartos de hotel, no meio do tumulto e da incerteza Cam descobre uma feliz coincidência, doutor Holowitz o famoso cientista que eles veneram ver, estava no mesmo hotel que eles.

-Olha, é o Holowitz.

- É, to vendo. Diferente de você meu nobre colega, eu não acredito em teorias da internet, mas eu acho que ele tá tão calmo assim é meio suspeito. 

As pessoas descem a escadaria por um longo tempo, até que por fim chegam ao térreo onde funcionários e familiares levam grupos de pessoas em macas improvisadas para o hospital. No meio do tumulto e das perguntas sem resposta das pessoas, doutor Holowitz anda até o lado de fora do hotel, intrigados com a situação, balofoide e Cam resolvem segui-lo até uma viela onde ele parou, o som de corridas e pessoas gritando dificultava ouvir o que ele estivesse murmurando, quando de repente ele puxa um telefone via satélite. Determinados a ouvir mais, os dois se escondem atrás de um monte de lixo. 

-Sim eu sei que isso foi culpa do meu projeto. Diz Holowitz. – Não, veja bem, essa bunda não passou de um erro infeliz que acabou tomando proporções trágicas, mas se me deixarem usar o acelerador novamente agora não precisaremos esperar até as 23:00 com mais fatalidades. Não.... É pois é... Como assim o projeto vai ser repassado pra Chicago? Não... Não podem fazer isso, esses imbecis de Chicago não vão conseguir preparar o segundo acelerador a tempo, as forças armadas não estão dando conta, como fica as pessoas da cidade? – Uma longa pausa se inicia. – NÃO TEMOS 36 HORAS! SE NÃO ME DEIXAREM LIGAR O ACELERADOR HOJE TODO MUNDO DE DETROIT MORRE. Quer saber, chega! Eu sou o chefe de operações desse projeto, eu quero falar com o presidente. Como assim eu não sou mais o chefe de operações? Ele não pode fazer isso comigo, eu sou quase um tesouro nacional, ninguém sabe operar esse equipamento como eu...- Ele começa a bater o pé em nervosismo. – MALDITO BIDEN! NÃO VAI SIMPLESMENTE SE LIVRAR DAS PROVAS DO QUE ACONTECEU AQUI! SABEM O QUANTO EU ME SACRIFIQUEI!?  

Holowitz joga seu telefone contra a parede e começa a gritar em frustração, chuta a parede da viela e por fim cai em prantos ali mesmo. Ressentido e abismado com a cena, Cam olha triste para aquela cena e diz: 

- O governo vai nos deixar pra morrer, não é? 

- Claro que vão, não conseguiram destruir a bunda com misseis e agora vão apagar as evidências do que a gente fez aqui.

- Eu não entendo... você e sua equipe trouxeram a bunda pra cá? 

- Não, eu lá sei como essa bunda veio parar no céu, só sei que não é do nosso plano de existência, meus equipamentos analisaram as particular Qwr.

-Partículas Qwr? – disse Cam. – Enfim, você disse que pode reverter, não é? E se colocarmos você dentro do prédio do acelerador? A gente é formado em SI, talvez... 

- Vai pra casa japonês... passa o resto do dia com sua família, a gente não entra nas instalações do governo. 

-Eu não sou japonês... 

Balofoide que nada poderia fazer de repente se lembra de algo, deveria ter posto seu sobretudo para lavar, no entanto, não o fez, o que então significava que o trabalho de sua vida ainda estava em um dos seus bilhões de bolsos quase desnecessários. Ele então apalpa seu sobretudo, e de dentro dele puxa um pen drive, com orgulho e brilho nos seus olhos ele joga para o Doutor. O pen drive tinha uma pequena fita escrita DM-101, Holowitz impressionado se lembra dos projetos selecionados como ganhadores da visita ao acelerador de partículas e esse sem duvidas era o mais notável. DM-101 era a centésima primeira tentativa de criar um decodificador mestre, um programa apto o suficiente para passar qualquer linha de defesa, as bases do programa são feitas desde 1975 como base de espionagem da guerra fria, mas nunca havia alcançado uma versão funcional, pelo menos até agora. 

-Isso... Isso pode funcionar, se eu puder entrar na sala de controle do acelerador... Eu posso gerar a partícula Qwr e mandar la bunda de volta de onde ela veio... só precisamos achar um jeito de entrar.

-Precisamos? PRECISAMOS? Eu que não vou invadir um local do governo com militares até os dentes. – Diz Rahn 

-Na verdade todos os militares tão voltando de jatinho até o conforto de suas casas agora mesmo... filhos da puta. – Holowitz se levanta, revigorado e de cara inchada. – Vumbora pivete do Decodificador. 

Os três estão saindo da viela, quando veem mais pessoas correndo, largando corpos e feridos para trás. Virando, balofoide e seus amigos veem uma grande massa verde de gás se aproximando e engolindo a cidade, prédios estremecem e pessoas sufocam mesmo longe do gás, a única opção a se tomar naquela situação é correr por suas vidas, e ter a sorte de alcançar o prédio do acelerador. O som de trovão começa a surgir, o peido é eminente, desviando pelas ruas os sobreviventes conseguem ganhar algum tempo do avanço peidorrerico, mas é inútil, o horror inominável que se esconde no gás os alcança, tentáculos saem da nuvem sequestrando pessoas de todos os lados, no fim sobra apenas um grupo de 10 pessoas contanto com balofoide, Cam e Holowitz, todos cercados por peido em uma avenida. 

- A gente vai morrer! A GENTE VAI MORRER AGORA! MORREEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE. – O figurante genérico grita enquanto é puxado por um dos tentáculos. 

Holowitz tem um momento de clareza, corre para centro da rua puxando balofoide e Rahn, em seguida se abaixa e começa a tentar remover a tampa do esgoto. Os dois entendem a premissa, e concordam que o peido provavelmente ainda não se alastrou pelo subsolo. Com êxito eles removem a tampa e entram, Holowitz fica esperando para que os outros cidadãos fujam com eles, infelizmente enquanto fogem para os esgotos, todos são pegos um a um, exceto por uma jovem mulher que em seu ultimo esforço ao ser pego pela névoa disforme, joga seu bebê de colo para Holowitz, que sem outra opção pega o bebê, fecha a tampa dos esgotos e foge com Balofoide e Cam.  O destino era desconhecido, e a essa altura os perigos também.


sexta-feira, 15 de julho de 2022

Jetstream Sam: dia 1

 Jetstream Sam: dia 1.

 Hoje eu cheguei na tal guilda da cidade para fazer a inscrição. A quantidade de pessoas estava meio baixa, o que era bastante incomum, mas na minha opinião era melhor assim. Chegando no balcão me deparei com outras três pessoas, um homem com uma katana parecida com a minha, um homem magro e esguio mas não muito mais alto que a maioria,  e um aparentemente demi, com uma cara a primeira vista de ser muito briguento.

O balconista disse que os termos a pouco tinham mudado, e que antes de sermos aceitos efetivamente, deveríamos completar uma missão que avaliaria nosso desempenho. "Tudo bem, eu pensei", até ela entregar o equipamento inicial e dizer: como vocês tem que pegar o mesmo carro, já fazem a missão juntos.

Eu internamente pensei: "ir com eles? puta que pariu, se eu tivesse dinheiro pegava até um táxi. "

Fomos até o estacionamento onde encontramos com Zé, o motorista que nos levou até a cidade. A propósito, nossa missão era resolver um caso criminal sobre um homem da loja de penhores que foi misteriosamente morto. Meus parceiros pareciam tão relutantes uns com os outros quanto eu, o que fez eu pensar um pouco sobre como eu também era visto por eles. 

Fugindo do tema novamente, eu vou descrever melhor meus camaradas: 

O homem alto e magro se chama Mor Kyouka, ele usa um tapa olho e uma roupa parecida com um sobretudo que eu não sei identificar muito bem. A primeira vista ele foi o companheiro mais simpático da guilda, não parecia necessariamente forte, mas portava uma arma. Me perguntei como será que ele lutaria.

O espadachim se chamava Anka Ono Gallagher ( eu acho que é assim que se escreve?) Bem, ele não parecia um amador, um espadachim bem preparado, cabelo longo e roupas típicas de um samurai. Seu olhar era de alguém avoado e alheio a realidade, mas aparências enganam. No fundo dos olhos daquele homem eu vi o olhar do meu mestre, alguém 100% alerta a seus arredores e a sua arma. 

O Demi se chamava Gyutaro, cabelos mal arrumados e olhos brilhantes, ele carregava duas foices de arremesso. Exótico eu diria, principalmente se necessário combate com homens armados, tipo, como ele planejava recuperar aquilo em tempo hábil?

Enfim, devidamente apresentados, foco na história da metade do pro final. Chegamos ao local que era uma cidadezinha nos arredores da guilda, local pacato e até bonitinho, lá todos nós fomos conversar com o primeiro que achamos, buscávamos saber mais ou menos o cenário em que o dono da loja de penhores se encontrava e talvez o motivo de ter sido morto. 

- esse homi ai, ele trabalhava com a máfia. Fiquei sabendo que tava devendo dinheiro, deve ser divida com os massas. - Disse o dono do ferro velho, senhor Thurbando.

Gallagher fez suposições infudadas até que decidimos olhar os arredores. Gallagher encontrou uma bateria para armas brancas, achei interessante pois não é algo que você normalmente acharia num lugar assim. O tempo passou e Gyutaro definiu que iriamos em outros lugares, como eu estava cagado de me... digo, como eu estava de acordo, segui ele até um bar que ficava descendo a rua. O bar era um local agradável, um homem de barba meio grisalha estava limpando uns copos enquanto uma mulher de idade estava sentada em uma cadeira de plástico, cuidando do interior do bar. 

Kyouka: Eu vou perguntar pra esse moço aqui. O senhor você sabe algo sobre o assassinato que aconteceu aqui na rua? 

Atendente: Opa, oi... Então, eu não conhecia o sujeito não, mas muito provavelmente é obra desses mafiosos, os tal de massa, esse bairro aqui é mó perigoso, outro dia morreu um bem aqui. 

Sam: Nossa, tá ruim memo ein. 

Atendente: Né, e o governo aqui não faz nada, eles tão é de perseguição com a gente também. Outro dia o cara passou aqui reclamando das cadeiras, que não podia por ai fora e tudo mais, to te falando cara. A propósito, eu sou o Matheus. 

Depois disso Matheus falou algumas coisas que não tinham mais haver com o caso, como o seu sonho do fio de prata e a existência de OVNI's . A conversa passou e fomos aconselhados a pedir informações no mercado e na papelaria. Recebemos então a informação que na verdade não foram os tal Massas, e sim uma gangue rival da parte sul da cidade chamada Ruas. Fomos até então ao tal prédio fachada dos Massas, conseguir informações sobre os ruas, (você se pergunta como descobrimos? honestamente eu nem lembro, eu tomei muita porrada nesse dia, enfim..). A atendente foi super gentil conosco, no entanto nos obrigou a deixar tudo que era de metal para trás para que subíssemos o elevador.  Infelizmente eu uso um pedaço de ferro inox que eu chamo de braço, o que me obrigou a substituir por um braço de plástico mais "fraco" para prosseguirmos. 

Kyouka: É... nós realmente vamos entrar no prédio dos massas desarmados? 

Gyutaro: vai ter arma de madeirinha mano. 

Anka: alguém realmente acredita nisso? 

O elevador abre, e para nossa surpresa elas estão realmente la, todo tipo de espada e arma,  feitas unicamente de madeira.

Anka pegou uma grande quantidade de espadas, segui o mesmo, uma em cada mão afim de potencializa um combate sem minha bainha especial. Gyutaro pegou um par de foices e Kyouka apenas uma espada. Fomos orientados a encontrar duas chaves para prosseguir no que seria um tipo de teste, corremos que nem uns retardados, derrubamos uns mafiosos e quebramos algumas armas de madeira que precisamos repor. 

Gyutaro lutava como se tivesse invocado os espíritos da guerra, ágil e eficiente. Sua habilidade não era das melhores, dependia demais de sua conjuração e do sangue dos seus oponentes para ampliar força, no entanto com habilidade ou sem, aquele ser era um monstro, poucos golpes extremamente efetivos.

Gallagher lutava de uma maneira estranha, seus movimento eram limpos como de alguém treinado, mas tinha certas gafes de iniciante no manuseio de sua arma, nada muito grave, mas percebi pela maneira que se movimentava que ele aprendeu tudo que sabia sozinho. Quer dizer, eu também aprendi muito sozinho, mas eu tive alguma base, a habilidade deste homem definitivamente tinha potencial.

Kyouka era o combatente perfeito em questão de postura e gerenciamento de suas técnicas, em combate o mesmo pouco abria a postura pra tomar do oponente, mas eu temia que abrisse sua postura, de alguma forma algo indicava que assim que o fizesse, aquela postura pomposa de dissiparia em instantes.

Encontramos a chave 1 então partimos pra um grande salão. Naquele lugar sozinho estava um homem de terno, cabelo em rabo de cavalo e um tapa olho. Imponente, o dito cujo portava unicamente uma marreta de brinquedo. 

- Muito prazer me chamo marquito. - Ele disse. Avançando violentamente contra nós.

Marquito desferiu sequências de porradas poderosas em nós, com multi ataques constantes, o que feriu bastante eu e Gallagher. Entretanto sua investida poderosa foi seu maior erro, Marquito foi facilmente flanqueado por vários lados, sendo derrotado por todos nós em questão de segundos. 

Marquito: parabéns... Tá aqui a chave, toma.

Kyouka: agora é só a gente ir no chefe. 

Gyutaro: com esses minion aqui, esse chefe vai entender um pouco sobre...

- De fato. - Eu respondi. Estavamos todos confiando na nossa vitória.

Fomos até as duas grandes portas, Gallagher tomou coragem pelo time e destrancou as mesmas, indo na frente com gyutaro. Kyouka e eu que não eramos burros, decidomos esperar uma avaliação do que viria.

Eu não podia acreditar no que via... Sou acostumado a encontrar demônios, principalmente quando vim pra Nova gália, mas eu jamais tinha visto um em sua forma transformada, a minha frente um rato antropomorfico de bigode e extremamente forte nos encarava. Seus olhos brilhavam numa cor verde que contracenava com a própria realidade, em sua mão um bastão de combate, com escrituras entalhadas que cintilavam a mesma cor esverdeada. Ao lado do demônio, um homem barrigudo e bem forte com uma soqueira em cada mão, também com um bigode de respeito. Eram ratinho e xaropinho, os chefes dos Massas, prontos pra aMASSAR a nossa cara. 

Gallagher correu contra Xaropinho o rato, na intenção de desferir um golpe, entretanto xaropinho rapidamente tentou revidar com um ataque direto de seu bastão. Gallagher achou ruim, pulou e subiu na arma do cretino usando ela como impulso, caindo perfeitamente atrás do oponente. O homem era uma máquina, Xaropinho mostrava sinais de que foi atacado, entretanto eu nem vi Gallagher desferir qualquer ataque nesse meio tempo. Empolgado e na emoção do combate, corri contra Xaropinho e acertei dois golpes no mesmo, entretanto o ratinho agiu rápido, desferiu uma sequência de golpes de potência avassaladora contra Gallagher, que logo em seguida foi finalizado por Xaropinho,, e foi pro chão sem entender nada. Nesse meio tempo Xaropinho saiu do Flanco e agora estávamos frente a frente, com Gallagher sendo nossa divisa.

Kyouka e Gyutaro correram pra ajudar, mas Ratinho não ia deixar Xaropinho na mão, correndo em uma grande investida, Ratinho disfere seu soco potente, apelidado carinhosamente de MóiCrânio contra Gyutaro, o impulso do soco se reverteu em um mata leão, e em poucos segundos Gyutaro estava no chão inconsciente.

- Fudeu, Fudeu, FUDEU!!!!! 

Enquanto eu gritava, xaropinho usou Gallagher de impulso e chutou minha cara. Durante a queda, Kyouka usou alguma magia que desconheço e fez sua espada crescer, a mesma seguiu em linha reta até acertar xaropinho. Tentei me reposicionar mas recebi um MóiCrânio direto na cabeça, o impacto foi tão forte que mesmo quando me acertou, ratinho continuou em linha reta. Devido as nossas posições, tanto eu quanto Kyouka estavamos em Flanco. Lutamos em sincronia quase perfeita para sair do flanco, acertando tanto xaropinho quanto ratinho em revezamento. Xaropinho tentou me acertar e acabou acertado a madeira do chão, prendendo sua arma, foi ali que eu me enchi de esperança, até tomar uma e apagar. Minha disciplina entretanto, manteve-me de pé, até eu tomar uma bastãozada na cabeça e apagar... Minha disciplina entretanto... Recobrou minha consciência e manteve de pé..., Ai eu tomei outra e apaguei, minha disciplina no entanto... Eu tomei outra e apaguei :/ 

Quando acordei, todos se levantavam de um desmaio, ratinho e xaropinho estavam sentados em um dos sofás de seu escritório, esperando para que acordassemos. 

- Não deram conta mas acho que aguentam o serviço, a gente dá a informação de onde achar os ruas. - Disse Ratinho. 

- Então vocês....

- Sim, sabemos de tudo. - Xaropinho me interrompeu. 

Xaropinho: eles usam uma passagem secreta que fica nessa torre eifell do meio da cidade. Tá lá. 

Enquanto iamos embora, Xaropinho entregou o bastão mágico para nós, como um faminto no deserto, Gallagher abraçou a arma para ele. 

"Impulsivo? Com certeza esse homem não tem disciplina, ele não é letrado em algum dojo..." Pensei.

Deixei as armas de madeira pra trás e desci o elevador extremamente triste, mal podia acreditar que fui feito de otário em combate, logo eu que nunca tinha visto o rosto da derrota... Olhando para os meus companheiros, vi que estavam tão tristes quanto, olhos de peixe morto e mente distante, tão distante que ignormamos completamente o que a recepcionista disse na saída, apenas pegamos nossas coisas e o presente do chefe, uma cachaça de 4 fucking litros, que ficou na mão de Gyutaro.

O céu combinava com nosso humor, nublado e frio... Felizes chegamos, tristes saímos, em solidão profunda, Kyouka reportou as informações pra guilda, e em seguida fomos andando até o tal local. 

Anka: Gyutaro...

Gyutaro: que foi?

Anka: me passa essa bebida ai...

Gyutaro: como é?

Anka:  passa isso ai que eu vou virar.... 

Gyutaro: você quer q eu te de o litrasso de quatro?

Anka: isso...

Todos rimos da idiotice que Gallagher tinha dito sim, na inocência e pensando que estávamos o desafiando, Gallagher pegou o litrasso e disse.

Anka: EU VOU VIRAR EIN.

- Cê é maluco, você vai é morre.

Kyouka: vira, vira,vira

Anka virou a garrafa goela abaixo 300% determinado, as bolhas subiam na garrafa rapidamente, até que ela ficou vazia.

Anka: EU NUM FALEI QUE Euu...

O Hospital da guilda era um lugar agradável, limpeza excelente e extremamente organizado,  Gallagher recebia medicação para se recuperar do coma alcoólico enquanto conversávamos com Alice, uma garota extremamente bonita que regia aquela instalação sozinha.

Kyouka: dai a gente conseguiu as duas chaves pra ir falar com os chefe!

Alice: puxa, que sorte

Kyouka: mas ai nois abriu a porta e eles tavam prontos pra bater na gente...

Alice: puxa, que azar....

Kyouka: mas ai o bebum ali foi pra cima, desferiu dois golpes e deu uma pancada poderosa em um dos chefes, junto com o Sam ali. 

Alice: Puxa, que sorte

Kyouka: mas ai o Anka tomou duas porrada e desmaiou

Alice: puxa , que azar

Kyouka: é mas ai a gente chegou pra ajudar...

Alice: puxa, que sorte...

Alice não estava realmente prestando atenção na história de Kyouka, mas apreciava a companhia dele enquanto ela se encarregava da papelada de Gallegher.

Alice: bom... Vai ficar uns... 80AF's, a medicação não foi tão necessaria, ja que eu consegui desintoxicar ele rápido... Mas isso com certeza vai influenciar na classificação dele na guilda...

Eu peguei 90 afs do Gallagher, dei os 80 da Alice, e dividi 5 pra mim e pra ela. 

- Se ele perguntar, o tratamento custou 90 afs... Pisquei pra ela e ela concordou com a proposta, sorrindo.

Uns minutos se passaram e uma mulher entrou na ala médica, era relativamente alta, cabelos médios e ondulados, pele avermelhada, como de quem ficava muito tempo no sol, mas o que me chamou a atenção mesmo, foram seus olhos de cor amarela. Ela estava segurando um gato, e o entregou para Alice, pedindo que ela cuidasse dele, e que iria treinar. Essa frase fez nós a reconhecermos na hora, aquela era uma famosa atleta olímpica que foi sucesso nas olimpíadas passada. Eu gostaria de ter conversado com ela, mas ela parecia apressada. 

Conversamos um pouco até que Anka acordou, Alice e eu falamos que pegamos 90 af's do tratamento, tudo corria bem até que Gyutaro resolve abrir a boca.

- 90 Af's? Eu ouvi que eram 80, tem algum errado ai.

-90? Isso é um absurdo tão me roubando, tão me roubando!!! - Gallagher gritava revoltado. 

O rosto de Alice avermelhou, de forma que ela não conseguiu manter a mentira, pegou 10 AF's do caixa e entregou a Gallegher.

- E digo mais, maluco pegou teu bastão e se aproveitou enquanto tu desmaiava! - Gyutaro sorria maldosamente. 

- PEGOU NO MEU BASTÃO?????? 

- Não é o que parece, eu apenas peguei junto com o Kyouka ali pra gente poder...

- Me envolve nisso não mano... - Kyouka acariciava o gatinho que estava na ala médica, com um olhar sereno e alheio a luta.

O rosto da Alice corava ainda mais, o que fez eu perceber que ela não tava pensando no tipo de bastão certo... Eu estava oficialmente envergonhado, mas não podia ceder essa briga, então falei.

- Ô IRMÃO! EU PEGUEI ESSA MERDA AI PRA MARCAR ISSO AQUI NA ESPADA Ó, OLHA AQUI MINHA ESPADA

- Gente... Será que vocês podiam discutir essa relação ai em outro lugar?... Por... Favor? - Alice parecia um pimentão.

Discussão vai e vem e não chegava a lugar nenhum, até que fomos convidados a sair carinhosamente pela Alice. Na saida perguntei pro Gyutaro por que ele fez isso, se ele era algum protetor dos fracos ou algo do tipo... Seus olhos brilharam como eu nunca vi na vida... Como velas na escuridão total. 

- Fiz por ninguém não irmão, eu quero é semear o caos, sou o bicho ruim, cramunhão, saci, mochila de criança, eu sou o quico mano eu sou o QUICO! - e foi embora como se nada tivesse acontecido...

Descansamos uns minutos, Kyouka reportou nossos objetivos em seu Astral e fomos direto até o possível esconderijo secreto da máfia, a mini torre eifell. O céu estava nublado, o dia frio e a rua vazia, concordei com a máfia, vazio e ao mesmo tempo tão óbvio pra ser considerado um local provável de investigação, era o disfarce perfeito...

Procuramos onde seria a enteada secreta dos ruas, foi bastante difícil, tanto que gallhager parou pra comer um pacote de quicão, um salgadinho gigante com pouco gosto e o desenho de um macaco na embalagem.  Eu e o resto seguimos procurando, até que Kyouka e eu achamos um nivelamento suspeito perto da grama... Era o esgoto, claro que era... Eles não precisavam criar um túnel se existia um bem ali com eles... Abrimos o esgoto e um cheiro podre subiu para nossos narizes, o local era completamente escuro, com escadas que desciam num breu total.

- Que cheiro horrível... - Murmurei 

- Deve ser sua boca perto de seu nariz. - Kyouka retrucou. 

Ignorei, em seguida me aproximei das escadas do esgoto pra ver se escutava algum tipo de som. Minha concentração foi interrompida por um empurrão de Kyouka, temi minha queda mas consegui me firmar na borda. Ao me virar pra ver a cara de besta de Kyouka, vi alguém correndo em nossa direção, antes de qualquer reação minha, eu e Kyouka fomos empurrados, a cara de sarro do cara de tapa olho rapidamente se tornou desespero, enquanto caiamos no escuro infindável, em direção a água suja e bosta liquefeita. A luz do lado de fora ia rapidamente se afastando, enquanto Gyutaro nos observava com a face da maldade, em minha mente sua voz recitou: " eu sou o quico".

Batemos contra o chão e o esgoto gelado, enquanto Gyutaro e Gallhager desciam tranquilamente e em perfeita segurança. 

- E agora? - Perguntou Gallhager.

- Vamos seguir no escuro pra não levantar suspeitas... 

E foi o que fizemos, andamos no escuro, tateando as paredes sujas do local, até que repentinamente um luz apareceu, fomos cautelosamente em direção a ela, quando vimos um rua no chão, ao lado de uma moto que estava produzindo a luz. Frente a eles, um mafioso de terno branco. Meus sentidos dispararam, eu conseguia de uma maneira estranha sentir a diferença de poder entre eles e nós no ar. Meus companheiros estavam prontos pra luta, mas eu não podia arriscar tal investida. Andei calmamente até o homem, e então dirigi a palavra a ele.

- Com... Licença?

- Vinheram mais ruas, hã?. - ele cerrou os punhos em alerta.

- Não... Não, não somos ruas, na verdade é uma feliz coincidência... Você tá batendo nos ruas e nós queremos bater neles tanto quanto você... Eles mataram um civil e nós queremos, sabe... Descer o sarrafo neles. Não sei o que eles fizeram com você, mas se você aceitar nossa ajuda, podemos nos juntar. - Eu tremia de medo, por que eu sentia tanto medo? Eu olhei para os braços dele, eram o dobro do meu, isso explicava algo...

Ele nos encarou com seriedade, analisou cada um e disse:

- Os ruas, eles me acusaram de um crime que eu não cometi, eu preciso ir até eles resolver isso, antes que eles mandem mais homens atrás de mim..

,- Nós vamos ajudar o senhor...

- Certo.- Ele falou.- Apenas não me atrapalhem 

- Certo... E qual seu nome? 

- Fausto. 

O plano ou seja lá o que eu tinha em mente funcionou, seguimos andando com Fausto por um tempo até achar uma escadaria suspeita, seguimos por ela e chegamos a um cassino clandestino, vazio e aparentemente deixado as pressas. 

- Vamos investigar. - Disse gallhager.

- De acordo. – O mafioso passou a revistar o local.

Mechendo nas coisas, Gallhager nota um estranho movimento entre duas mesas, ele estende a mão para puxar o pano e verificar quando subitamente, um escorpião relativamente grande, azul e fosforescente pica sua mão. Gallegher rapidamente prende o escorpião, mas o local de sua picada está ficando brilhoso e se espalhando por entre as veias. Desesperado pela vida, Gallegher pede ajuda pra Gyutaro, confesso que achei que mesmo se pudesse, Gyutaro não ajudaria, mas me surpreendi, revertendo o fluxo sanguíneo, Gyutaro comentou o veneno e o removeu completamente do corpo de Gallegher, sem eventuais danos ou complicações.  O veneno que era de partículas fosforescentes, se assimilou ao sangue usado por Gyutaro, me pergunto o que ele fará com isso.

Agora que eu percebi, eu mudei o método narrativo no qual eu cito as falas, perdão a quem estiver lendo meu blog, peço que conviva com esse fato uma vez que estou com preguiça de mudar isso. Continuando nossa história...

Não havia nenhum rastro naquele local que poderia dizer a verdadeira localização dos ruas, saímos do local e ao chegar no lado de fora, tivemos a infelicidade de ter neve em todo canto, começou a nevar enquanto estávamos dentro dos esgotos, o que cobria todo e qualquer rastro. Tive um estalo, lembrei-me da moto nos esgotos, afinal, uma moto cara como aquelas era um desperdício nos confins dos esgotos. Voltei lá sozinho enquanto os demais procuravam qualquer rastro na neve, achei a moto e a trouxe para cima utilizando a bainha cinética como propulsão, esperto não acha? 

Quando voltei,Fausto já tinha ido embora para seguir seu próprio caminho. Os demais já haviam achado uma pista pois aparentemente, alguém que saiu mais tarde que oa outros daquele local, deixou um número considerável de fichas de aposta caírem sobre a neve, revelando o caminho. Tentei dar partida na moto e seguir na frente, no entanto ela estava quebrada, uma análise rápida indicava que era apenas água nas peças, facilmente resolviveu. Decidi levar a moto a pé comigo enquanto isso. Enquanto andava na neve, via ao longe os outros três correndo atrás das pistas, vez pu outra como crianças disputando, eles derrubavam um ao outro. Kyouka se mostrou incrivelmente invencível e cheio de vigor, não caindo uma única vez. Qualquer dano que os outros sofreram pra mim foi merecido... Enfim, o rastro das fichas acabavam no motel da cidade, onde reportamos nossos status uma última vez pro Astral.

Entramos no motel e ouvimos sons de pessoas apostando, dando lances e blefes. Aparentemente tinham movido pra esse local de fachada para poder fugir de alguma coisa.

Kyouka e Gallhager foram na frente, se separando totalmente de nós, de forma imprudente Gyutaro e eu resolvemos seguir outro caminho. Tudo corria bem até Gyutaro abrir uma porta no início do corredor, o que revelou nossa posição para um grupo de 5 mafiosos fortemente armados.  Gyutaro tentou os intimidar mas falhou miseravelmente, temendo por ele, coloquei o meu na reta e o ajudei com a intimidação, o que impressionantemente funcionou, aproveitei para blefar e dizer que fui eu que derrubei aquele rua com a moto, mas não funcionou, todos riram de mim, incluindo o Gyutaro. Passada tamanha humilhação, um dos cinco avançou contra mim, ele falhou miseravelmente em me acertar, assim sendo aproveitei a oportunidade para o chutar contra Gyutaro, que o fatiou sem dó.

- Que que tu acha Sam, eu pego dois e tu dois, pode ser? 

- Na hora meu patrão. 

Avançamos simultaneamente contra os mafisosos, libertei a Tramontina da bainha em um saque tão poderoso que parti um mafioso ao meio em um corte limpo. Você não acredita? Pergunte ao legista. Continuando, enquanto eu saboreava o momento, e o quão forte eu estava ficando em minhas viagens, Gyutaro se transformou em um máquina de matar, acabando com os três remanescentes em segundos e sem qualquer esforço, sua força era tão grande que em certo ponto, eu admito que tive medo dele, o encarei assustado até que subitamente um disparo foi ouvido na sala ao lado, seguido de outro, e depois vários. Com medo de ter acontecido algo com Kyouka e Gallhager, olhamos um pro outro em concordância e corremos para sala ao lado. A sala ao lado tinha 3x mais mafisosos, assim sendo, resolvi que ia utilizar meu maior trunfo em combate, entrei em posição de combate e ativei a bainha como propulsão juntamente ao impulso sobre-humano de minhas pernas. Um som extremamente alto se espalhou, enquanto eu rompia a própria velocidade do som para atacar meus inimigos, estava confiante afinal eu tinha acabado com um deles com muito menos, até que eu puxei a Tramontina, e perceber que só saiu o cabo, tropecei em alta velocidade, caindo no chão e me arrastando contra a parede. Gyutaro desesperado, entrou fatiando os inimigos com suas foices. Desnorteado olhei pro lado e vi além de um mafioso apontando pra mim, Gallhager sangrando e cheio de buracos de bala, e nem sinal do Kyouka. Gyutaro simplesmente decepou a mão do mafioso que estava mirando em mim, e gritou.

- Ajuda o Balofo!!!!

Quem é Balofo? De qualquer forma, no reflexo olhei pra Gallhager e ele estava respirando novamente. Sem pensar muito corri até ele, peguei meus últimos adesivos curativos e coloquei nele. Como um passe de mágica, seus ferimentos fecharam e seu rosto pálido encheu-se de vida novamente.

- Cadê sua espada? - Ele perguntou.

- História engracada, mas perdi minha companheira de viagem não ten nem 30 segundos...

- Pega. - ele me entregou o bastão que ganhou do xaropinho. - é emprestado, se quebrar tu paga. 

- fica sussa.

Voltamos ao combate com tudo, desferindo golpes aos poucos inimigos que tinham de pé, até que finalmente não sobrou nenhum. 

- Cadê o Kyouka? - Pergunta Gyutaro

- Não faço a mínima...

Logo em seguida a isso, escutamos passos simultâneos. Kyouka aparece correndo por uma porta diferente da que eu cheguei, a qual eu honestamente nem tinha reparado.

- GENTE!!!!!! CORREEEEEEE!!!!

- mafiosos cercaram a gente das duas portas, mas foram facilmente abatidos. Em uma ideia imprudente, tentei usar minha bainha para disparar a lâmina contra um inimigo, o que quebrou completamente a Tramontina.

Tudo corria bem até que repentinamente dois homens aparecem. Seus nomes são Gil Ruas e Faro. Como líderes da máfia, eles avançaram furiosamente contra nós, cada um vindo de um lado. 

Gil Ruas correu contra mim, desferindo socos potentes que eu sequer consegui desviar, apesar disso, ele reconheceu minha habilidade, recuando. Infelizmente sua estratégia foi mal pensanda, Gyutaro e eu facilmente deixamos ele em flanco, me dando oportunidade para quebrar a base dele e o deixar em completa desvantagem, Faro sequer podia ajudar, pois lutava pela vida contra Kyouka e Gallhager. Apesar das desvantagens, Gil Ruas foi um oponente formidável, o que me assustou mesmo... Foi que apesar da força dele, e chamando minions... Gyutaro deu conta do recado sozinho, aumentando ainda mais meu medo dele, e preocupação de não ser nem de longe um oponente formidável em combate.

Não demorou muito para vencermos, nossos erros contra ratinho e xaropinho bos colocaram em tremenda vantagem nesta luta, matando o líder da máfia e livrando Fausto de seu inimigo. Faro que ainda estava vivo, foi preso e confessou tudo, limpando o nome de Fausto pelo assassinato e nos fornecendo provas o suficiente para que a polícia iniciasse uma investigação contra os ruas. Gyutaro e Gallhager levaram um dedo do faro para os massas, e o que eles ganharam por isso eu não sei, eu voltei para guilda com Kyouka, com dinheiro porém triste, me sentindo fraco e sem minha espada. O ferreiro local foi um homem gentil, tentou consertar a lendária Tramontina sem sucesso, mas no fim me deu uma katana nova e um lugar pra dormir, tudo isso sem cobrar nada. E assim termino meu primeiro dia, infelizmente com mais derrotas que vitórias.... 

Adendo: Gallegher realmente teve o salário reduzido, como Alice bem disse.






















terça-feira, 21 de junho de 2022

O diário de Jetstream Sam. Prólogo.

 O DIÁRIO DE JETSTREAM.

 CAPÍTULO 1: ORIGEM DA JORNADA.



   Olá, meu nome é Samuel Rodrigues, mas me chamem de Sam. Recentemente estou a ponto de embarcar em uma nova jornada em minha vida na qual pretendo registrar, entretanto para que quem quer que leia isso não se sinta perdido, entregarei o contexto de minha "aventura". 

   Quando bebê, sofri um acidente e as complicações diversas ao tirar eu e minha família das ferragens me custou um braço. Passei minha vida quase toda apenas com o braço esquerdo e particularmente não sentia muita falta do direito até pouco tempo atrás, enfim. Nesse mesmo período eu acabei me isolando do contato de outras crianças pois a grande maioria não é legal com quem é diferente, não me entenda mal, eu não era um garotinho indefeso, era apenas... desconfortável, então eu foquei em mim mesmo. Aos 6 anos descobri minhas duas grandes paixões, robôs e espadas, e me dei muito bem com eles, modificando todo tipo de coisa (e destruindo muitas outras), meu primeiro projeto de sucesso foi uma espada de madeira feita com um pedaço de uma árvore morta da minha vizinhança, eu achava o máximo. 

    Aos 7 eu conheci um velho da minha rua que para minha surpresa era um espadachim, eu pedi que ele me treinasse e ele... Ele negou, mas eu não me dei por vencido, fui até o templo no topo da colina e assisti por meses seu treinamento, e o recriava da minha própria maneira.  No fim viramos bons amigos, e ele acabou sim me ensinando algumas coisas, me adotando como seu único aluno. Seu nome era Louis, ele era o ultimo usuário de um estilo de combate milenar chamado  Ōku no sutairu, e me prometeu passar a técnica adiante quando tivesse idade.

O tempo passou e aos 23 me formei como engenheiro mecatrônico e industrial. Infelizmente o velho Louis morreu um ano antes, não podendo acompanhar junto a mim e meus parentes a minha formatura, muito menos me passar para frente o estilo de combate. A mim ele deixou apenas o templo vazio e uma espada que foi batizada de Tramontina, (um espirito do metal dos antigos ritos do estilo. Ao ganhar uma espada, os praticantes devem batizar a mesma com o nome de um espírito ancestral). Passei um ano trabalhando como engenheiro, até que um dia fazendo uma limpeza no templo, achei uma madeira solta perto da estátua do fundador, removendo a mesma encontrei algo inesperado, um livro feito de forma manuscrita contando todas as técnicas do estilo, o mestre provavelmente deixou ali para mim, escondido das demais pessoas para caso ele não pudesse me ensinar pessoalmente, infelizmente eu achei o manuscrito tarde demais, com grande parte das técnicas tendo se perdido pelo mofo e desgaste do papel. Uma sensação amarga de culpa tomou meu peito aquele dia, uma culpa que nunca tinha sentido antes. Tive que parar por ali e comprar algo para comer. Duas horas depois, enquanto refletia a situação no jardim do templo, percebi como estava sendo idiota.

Percebi naquele momento que em todo o momento, Louis acreditou no meu sonho e seguiu ele comigo até o fim de sua vida, em seus dias finais ele provavelmente deve ter se esforçado para detalhar esse livro pra mim. Eu não podia deixar o medo me afastar do sonho, foi naquele momento que eu decidi que meu sonho era muito mais que me tornar um espadachim, eu ia decifrar aquele manuscrito e trazer o estilo de volta a vida.

Aprendi tudo que restou do manuscrito de Louis e parti para preencher as lacunas com minhas próprias "técnicas", o estilo Ōku no sutairu sempre se tratou de se reinventar em combate, portanto o acoplei a tecnologia moderna, bainhas cinéticas, lâminas de alta frequência e combinações de combate com membros protéticos, nada de muito novo no universo de combates atual. Os ritos dos povos originários que criaram o estilo exigem que para o posto de sensei, o candidato derrote o atual sensei ou um oponente a altura, oponente esse que Louis havia uma vez classificado como Elliel Aparecido (meio vago, mas acredito ter descoberto quem seja.) Depois de alguns meses pedi demissão e passei um ano em viagem para me tornar um espadachim experiente, passei por alguns apuros e momentos divertidos, entretanto viajar pelos países do continente custa caro, e estou, pobre e sem recursos no momento.

Andando pelas ruas de uma cidadezinha em Nova Gália, eu avistei uma padaria, parei para descansar lá quando eu vi um homem armado conversando sobre sua missão da guilda, uma lâmpada ascendeu na minha cabeça, eu já havia me aventurado com pessoas de guilda e sempre falaram que o local pagava relativamente bem para funcionários competentes. Agora estou aqui, me aventurando com um grupo de pessoas estranhas e excessivamente... exóticas.

O peido que engoliu Detroit 2

 Capitulo 2: O macaco assassino mutante dos esgotos Os três pulam em poças de esgoto com o bebê, reconfortados por saber que o peido ainda n...